sexta-feira, 14 de março de 2008

Causus Bellis


Aqui me encontro, neste grande meio-dia nietzschiano, espargido como as “formas” de uma pintura de Cézanne, onde há de subverter uma sucessão austera de desejos demasiadamente inerentes à pólvora, ou seja, ‘causus bellis’.
Guerra esta, intrínseca até os ossos, até a alma sepultada de um silêncio furtivo e opulento, pois nada mais é de bom grado do que tal anseio.
Assim seja esta rejubilosa aurora laboriosa e insólita, esta falaciosa decisão de um novo amanhã.


"Ensinar os homens a morrer é ensiná-los a viver."
Montaigne

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Premeditatium Malorum


Afogado em uma opulenta e serena nostalgia, com sua leve brisa matinal e respiração ofegante; seduzido pela maquina sistemática do viver, pelo lúgubre sonho de voluptuosas paixões através desta massa cândida, onde pernas se movem mas não chego a lugar algum...
Estações passadas, ampulhetas quebradas, o gosto sempre se perde em cada amanhecer. Corpo efêmero rumo a um cume dispendioso que apresenta por fim um gosto de cinzas esparso, onde se alimenta dos escravos pensamentos embriagados de uma velha forma de vida; de uma velha ambulante e habitual carcaça.
Fustigar a instituição destas matizadas memórias andarilhas, destes cadáveres inflados de recordações, destes proprietários de um torpe legado.
Sejamos amantes, sejamos inimigos, palavras fazem todo trabalho, você ama, odeia, sorri e novamente se entrega a tudo isso....



"Não quero ser um génio... Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem"
Albert Camus